LOS RÍOS PROFUNDOS: UMA AUTOBIOGRAFIA? UM ROMANCE AUTOBIOGRÁFICO?

Elayne Castro Correia (UFC)

Resumo


O presente estudo anseia discutir as categorias autobiografia e romance autobiográfico tomando como corpus o romance Los ríos profundos (2016), do escritor José María Arguedas (1911 – 1969). A autobiografia e o romance autobiográfico, como todas as escritas de si, implicam no perigo de se fundir vida e obra sem a devida atenção. Sem uma mínima problematização, qualquer relação rasa ou óbvia em relação a esses elementos pode comprometer os resultados das reflexões. Afim de não cair na obviedade e no reducionismo literário, elegeu-se como ponto de partida das discussões a teoria da autobiografia de Philippe Lejeune (1938 –), contida em seu livro O pacto autobiográfico: de Rousseau à internet (2008). Além de Lejeune, as contribuições de Bergson (1999) e Candau (2014) sobre memória e identidade, respectivamente, ajudam a desvendar a veracidade e a validade da autobiografia e do romance autobiográfico propostos por Lejeune. Como reflexão imediata do confronto dessas discussões com o texto literário, percebe-se, desde já, que tanto a autobiografia, mesmo em sua versão clássica, como o romance autobiográfico apenas ensejam fragmentos, pedaços de uma intenção de se publicar um eu, pois a identidade, principal característica do pacto autobiográfico e, por conseguinte, do pacto romanesco, revela mais ser um jogo de identidade(s).

 

Palavras-chave

 

Autobiografia. Romance autobiográfico. Los ríos profundos. Arguedas.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v6i2.1331


Referências


ARGUEDAS, José María. Los ríos profundos. Edición de Ricardo González Vigil. 14ª ed. Madrid: Ediciones Cátedra, 2016.

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