ECOS DA IRONIA ROMÂNTICA SCHLEGELIANA EM NOITE NA TAVERNA
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a novela Noite na taverna, do escritor romântico brasileiro Álvares de Azevedo, à luz da ironia romântica tal como preconizada por Friedrich Schlegel, elemento seminal para o estabelecimento de uma teoria do movimento romântico. Para tanto, nos embasamos não apenas nos fragmentos teórico-crítico-filosóficos de Schlegel (1987; 1997), como também nas discussões acerca do assunto propostas por Alves (1998), Volobuef (1999) e Medeiros (2014; 2015). A partir da análise, pudemos concluir que Álvares de Azevedo faz profícuo uso da ironia em sua novela. A partir de chistes e acenos irônicos na narrativa, bem como de diálogos travados entre os personagens, o autor deixa transparecer em seu texto suas metarreflexões artístico-filosóficas acerca do fazer literário e da filosofia de base romântica. O jogo irônico mediado pelo texto é, pois, um elemento fundamental que inscreve Noite na taverna na série literária romântica.
DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v9i4.2624
Palavras-chave
Referências
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