UMA LEITURA REALISTA DE A HORA DA ESTRELA NAS TELAS
Resumo
O presente artigo se debruça na análise da novela A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, e sua versão para o cinema, em 1985, sob a direção e roteiro de Suzana Amaral (1932-2020). Para investigar o ponto de convergência entre meios semióticos distintos e o efeito proveniente dessas linguagens, escrita e visual, leva-se em conta a oposição entre literatura realista e modernista, esta sob a forte influência da arte cinematográfica. Se por um lado, a escritora brasileira adota elementos típicos da corrente literária do século XX, por outro, a cineasta produz um filme embebido de ingredientes realistas do século XIX. Com isso, o foco desse estudo é investigar quais alternativas a diretora escolheu na tradução do texto-fonte clariceano em imagens visuais.
DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i1.2814
Palavras-chave
Referências
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