AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO TEXTUAL DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo
Este artigo trata das produções de texto de alunos do 8º ano do ensino fundamental que são provenientes de uma avaliação diagnóstica em larga escala, aplicada em 33 escolas da Rede Municipal de Campo Grande-MS. O objetivo é analisar, pela perspectiva dos letramentos críticos, a construção de sentido presente nos testes de produção textual realizados pelos alunos na disciplina Língua Portuguesa, incluindo “novos” letramentos sob a ótica de Lanskshear; Knobel (2007) e em coerência com a concepção de linguagem como prática social. A metodologia apoia-se na abordagem qualitativa, com viés interpretativo, e em características descritivas e explicativas. O resultado revela que a inserção da perspectiva dos letramentos críticos no ensino pode levar docentes e alunos a reconstruir significados no processo de produção textual na área de Língua Portuguesa, transformando as práticas avaliativas por meio da ampliação de possibilidades de produção textual. A adoção dessa ótica pressupõe um posicionamento de professores que destaca as possíveis formas de abordar as atividades de escrita e considera os “novos letramentos”, o que remete aos gêneros textuais emergentes.
DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i5.3370
Palavras-chave
Referências
BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoiévski, Rio de Janeiro: Ed. Forense Universitária, 1981.
BRANCO, M. Software Livre e Desenvolvimento Social e Económico. In: CASTELLS, M.; CARDOSO, G (Orgs). A sociedade em rede do Conhecimento à açção política. Imprensa Nacional: Casa da Moeda, 2005.
CAMPO GRANDE (MS). Prefeitura Municipal de Campo Grande. Secretaria Municipal de Educação. Avaliação diagnóstica amostral: 8º ano do Ensino Fundamental [recurso eletrônico]. Campo Grande-MS: PMCG/SEMED. (Coleção Devolutivas Pedagógicas; v.4), 2020.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia, Vol. 1, Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1ª ed., 1995.
DENZIN Y LINCOLN, Y. S. "lntroduction: the discipline and practice of qualitative research". In: DENZIN, Y.; LINCOLN, S. (eds.), The Sage Handbook of Qualitative Research (3ª ed.). Thousand Oaks, CA: Sage, 2005, p. 1-32.
DERRIDA, J. Posições. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2001.
DUBOC, A. P. M. Avaliação da aprendizagem de línguas e os multiletramentos. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 26, n. 63, set./dez. 2015, p. 664-687.
DUBOC, A. P. M. Avaliação como aprendizagem e a educação linguística crítica. In: FERRAZ. D. M.; KAWASHI-FURLAN, C. J. (Eds.) Bate-papo com educadores linguísticos: letramentos, formação docente e criticidade. São Paulo: Pimenta-Cultural, 2019, p. 244-258.
FERREIRA, M. A Evolução da Web: o que esperar da Web 4.0?. 9 set. 2019. Disponível em: https://www.ufjf.br/conexoesexpandidas/2019/09/09/a-evolucao-da-web-o-que-esperar-da-web-4-0/. Acesso em: 10 jan. 2021.
FLICK, U. El diseño de la investigación cualitativa, Madrid: Ediciones Morata, S. L., 2015.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
GROSFOGUEL, R. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, janeiro/abril, 2016, p. 25-49, 11. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/6078/5454. Acesso em: 24 dez. 2019.
HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. WMF Martins Fontes, 2013.
LANKSHEAR, C.; KNOBEL, M. Sampling "the New" in New Literacies. In: KNOBEL, Michele; LANKSHEAR, Colin (Eds.). A New Literacies Sampler. New York: Peter Lang, v. 29, 2007.
JANKS, H. Literacy and power. New York: Routledge, 2010.
JANKS, H. Critical literacy in teaching and research, Education Inquiry, 4:2, 2013, 225-242.
JANKS, H. Panorama sobre letramento crítico. In: JESUS, D. M.; CARBONIERI, D. (Org.). Práticas de multiletramentos e letramentos críticos: outros sentidos para a sala de aula de línguas. Coleção: Novas perspectivas em linguística aplicada, v. 47. Campinas, SP: Pontes Editores, 2016.
LUKE. A. Critical Literacy: Foundational notes theory into practice, The College of Education and Human Ecology, Routledge. The Ohio State University, 2012, 51: 4–11.
LUKE, A.; FREEBOY, P. Shaping the Social Practices of Reading. In: MUSPRATT, S., LUKE, A. & FREEBOY, P. (eds). Constructing critical literacies: teaching and learning textual practice. New Jersey: Hampton Press, Inc., 1997.
PENNYCOOK, A. Language as a local practice. London: Routledge, 2010.
RAVELA, P., PICARONI, B., LOUREIRO D. G. ¿Cómo mejorar la evaluación en el aula? reflexiones y propuestas de trabajo para docentes. Secretaría de Educación Pública de México, 2017.
VOLÓCHINOV, V. (Círculo de Bakhtin). Marxismo e filosofia da linguagem. Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Tradução, notas e glossário de Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. Ensaio introdutório de Sheila Grillo. São Paulo: Editora 34, 2018.
TAKAKI, N. H. Da metodologia de pesquisa em letramentos e sociedade para a ética: implicações na formação continuada da comunidade científica. Polifonia, 2012, p. 87-110.
TAKAKI, Nara Hiroko . Futebol, Linguagens e Sociedade. In: Nara Hiroko Takaki; Ruberval Franco Maciel. (Org.). Letramentos em Terra de Paulo Freire. 2 ed. Campinas: Pontes Editores, 2017, p. 25-42.
TAKAKI, N. H. Por uma autoetnografia/autocrítica reflexiva. Revista Transdisciplinar de Letras, Educação e Cultura da UNIGRAM - InterLetras, 2020, p. 1-20.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 .
Indexadores de Base de Dados (IBDs)
Bases de periódicos com texto completo:
Outros Indexadores e Bancos de Dados:
Sudoc - Système Universitaire de Documentation
Bielefeld Academic Search Engine
CRUE / REBIUN - Catálogo de la Red de Bibliotecas Universitarias
Google Analytics UA-142181466-1
Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli está avaliada no extrato B2, no QUALIS/CAPES - quadriênio 2013-2016, na área de LETRAS/LINGUÍSTICA.