O PACTO AMBÍGUO DA AUTOFICÇÃO COMO ATO INTENCIONAL E DURATIVO

Edson Ribeiro da Silva

Resumo


A autoficção pode ser definida a partir do pacto de leitura que ela instaura, o pacto ambíguo, conforme Alberca, o qual agrupa os pactos autobiográfico e romanesco, de Lejeune, mas também demanda a forma de recepção específica do leitor-ideal, o qual, conforme Iser, estabelece o pacto a partir do reconhecimento do gênero literário da obra para, durante a leitura, apreender suas especificidades. Conforme Searle, toda obra literária é elaborada a partir de uma intencionalidade. A intenção do autor de autoficção é a configuração dessa ambiguidade, que é durativa, ou seja, os elementos autobiográficos são apreendidos ao longo da leitura, após o reconhecimento do gênero como ficcional.

DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i7.3514


Palavras-chave


Autoficção. Pacto ambíguo. Ficção. Intencionalidade.

Referências


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