O SILÊNCIO DE “DIÁ” EM GRANDE SERTÃO:VEREDAS, DE GUIMARÃES ROSA

Fabrício Lemos da Costa

Resumo


Este trabalho pretende refletir sobre o silêncio como particularidade da modernidade. Em nossa abordagem, utilizaremos o romance Grande sertão: veredas (1956), de Guimarães Rosa (1908-1967). Nesse sentido, nossa proposta é interpretar como o silêncio ou, ainda, o indizível se projeta como forma na narrativa. Nossa discussão, em suma, tem como objetivo mostrar como a temática em questão se torna parte da estruturação do romance, perfazendo-se em tópica moderna, ao evidenciar o inexprímivel em matéria de expressão artística. Por fim, este trabalho pretende demonstrar que o silêncio não se manifesta como ausência, mas como presença de questões.

DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i7.3585


Referências


ARISTÓTELES. Retórica. Trad. Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. São Paulo: Martins Fontes, 2012. 252 p.

ARRIGUCCI JUNIOR, Davi. O mundo misturado: romance e experiência em Guimarães Rosa. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 40, p. 7-29, nov., 1994.

AUERBACH, Erich. Figura. Trad. Duda Machado. São Paulo: Ática, 1997. 86 p.

BATAILLE, Georges. Documents. Trad. João Camilo Penna e Marcelo Jacques de Moraes. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2018. 272 p.

BENJAMIN, Walter. Passagens; org. Willi Bolle. Trad. Irene Aron e Cleonice Paes Barreto Mourão. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2009. 1168 p.

BOLLE, Willi. Diadorim: a paixão como medium-de-reflexão. Revista USP, São Paulo, n. 50, p. 80-99, jun.-ago. 2001.

GALVÃO, Walnice Nogueira. O certo no incerto: o pactário. In: COUTINHO, Eduardo Faria (Org.). Guimarães Rosa. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1983. p. 408-421.

GARBUGLIO, José Carlos. O mundo movente de Guimarães Rosa. São Paulo: Ática, 1972. 138 p.

HANSEN, João Adolfo. Benedito Nunes, leitor de Guimarães Rosa. In: NUNES, Benedito. A Rosa o que é de Rosa; org. Victor Sales Pinheiro. Rio de Janeiro: Difel, 2013. p. 23-34.

HOMERO. Ilíada. Trad. Carlos Alberto Nunes. 25. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. 536 p.

MALLARMÉ, Stéphane. Œuvres Complètes. Paris: Gallimard, 1945. 1659 p.

NUNES, Benedito. O amor na obra de Guimarães Rosa. In: SALES, Victor (Org.). A Rosa o que é de Rosa; org. Victor Sales. Rio de Janeiro: Difel, 2013. p. 37-77.

OLIVEIRA, Delambre Ramos de. O pacto de Riobaldo com o Diabo em Grande sertão: veredas — por uma teodicéia desafiada. In: YUNES, Eliana; BINGEMER, Maria Clara Lucchetti (Org.). Bem e Mal em Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Uapê, 2008. p. 39-56.

ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956. 594 p.

ROSSET, Clément. Lógica do pior. Trad. Fernando J. Fagundes Ribeiro e Ivana Bentes. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1989. 198 p.

SANTIAGO SOBRINHO, João Batista. O silêncio trágico do sertão. Em Tese, Belo Horizonte, v. 20, n. 2, p. 53-64, 2014.

SANTIAGO, Silviano. Genealogia da ferocidade: ensaio sobre o Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Recife: Cepe, 2017. 117 p.

SCHWARZ, Roberto. Grande-sertão e Dr. Faustus. In: A sereia e o desconfiado: ensaios críticos. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. p. 43-51.


Texto completo: PDF

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 .

 

 

Indexadores de Base de Dados (IBDs) 
Bases de periódicos com texto completo:




Outros Indexadores e Bancos de Dados:


Library of Congress

Sudoc - Système Universitaire de Documentation

Copac – United Kingdom

Bielefeld Academic Search Engine

CRUE / REBIUN - Catálogo de la Red de Bibliotecas Universitarias

 

Google Analytics UA-142181466-1

Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli está avaliada no extrato B2, no QUALIS/CAPES - quadriênio 2013-2016, na área de LETRAS/LINGUÍSTICA.