TRANSLATING THE NEW WORLD(S): A SEMIOTIC APPROACH TO PARROT AND OLIVIER IN AMERICA BY PETER CAREY

Luigi Gussago (La Trobe University)

Resumo


Em seu mais recente romance Parrot e Olivier na América (2009), o romancista nascidoaustraliano Peter Carey explora a forma como três civilizações aparentemente incompatíveis traduzem o Novo Mundo. Por um lado Olivier, o aristocrata francês esnobe, se esforça para compreender o conceito de democracia na América, que ele quer traduzir “literalmente” em seu próprio sistema (de comportamento, conveniência social, pragmática etc.) Por outro lado, Parrot, o pícaro anglo-australiano e "palhaço e secrétaire " de Olivier, gosta de reescrever a caligrafia horrível de seu mestre, alterando alguns dos pontos de vista do francês na América de acordo com seus caprichos e, deliberadamente, agindo como um tradutor ruim. Em terceiro lugar, o cidadão americano livre, o "Homem do Futuro" (p. 187): ele/ela usa uma linguagem criativa, cunhando um idioleto pessoal como prova de pertencimento a uma nação em sua estréia, em que "a ganância pode rasgar a terra distante mas ainda o baixo pode subir tão alto "(p. 251). Este artigo visa ilustrar como essas três entidades traduzem outros sistemas de valores, ou a sua perda de valores, em sistemas com que se podem identificar. O referencial teórico do meu estudo procede das contribuições de Yuri Lotman, o principal representante da escola semiótica de Tartu-Moscou.

PALAVRAS-CHAVE: Peter Carey. Parrot e Olivier na América. Escola Semiótica de TartuMoscou.

 

Abstract

 

In his latest novel Parrot and Olivier in America (2009) the Australian-born novelist Peter Carey explores the way three seemingly incompatible civilisations translate the New World. On the one hand Olivier, the snobbish French aristocrat, struggles to understand the concept of democracy in America because he wants to translate it ‘literally’ into his own system (of behaviour, social convenience, pragmatics, etc.). On the other hand, Parrot, the British-Australian pícaro and Olivier’s “clown and secretaire”, enjoys rewriting his master’s awful calligraphy, changing some of the Frenchman’s views on America according to his whim, and deliberately acting as a bad translator. Thirdly, the American free citizen, the “Man of the Future” (p. 187): s/he uses language creatively, coining a personal idiolect as evidence of belonging to a nation at its début, where “greed might tear the land apart but still the low could climb so high” (p. 251). This paper aims at illustrating how these three entities translate other systems of values, or their loss of values, into systems with which they can identify. The theoretical framework of my study proceeds from the contributions of Yuri Lotman, the main representative of the Tartu-Moscow school of semiotics.

KEYWORDS: Peter Carey. Parrot and Olivier in America. Tartu-Moscow school of semiotics.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v1i2.385

 


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