BAKHTIN: THE DANGERS OF DIALOGUE

Andrei Khorev (University of California, Santa Cruz)

Resumo


Este artigo tem como foco a relação com o Outro – o aspecto subjacente do dialogismo – nas obras de Mikhail Bakhtin. Sua abordagem da heterologia (a ciência ou conhecimento sobre o Outro) é fundamental para uma análise de temas como o carnaval (riso), a história e a economia da existência humana, objetos de sua investigação teórica. Em certa etapa de seu pensamento, parece que sua concepção de Outro se distingue em duas configurações. Primeiro, o Outro dominado e apropriado pelo sujeito, ou pelo Autor, ou pelo Eu na relação dialógica – é apenas um Outro provisório. O segundo é o Outro irredutível, além da possibilidade de conhecimento adequado e, portanto, potencialmente excluído do diálogo. Assim, o fim do diálogo, o silêncio, permanece como uma sombra obscura no horizonte da lógica discursiva significante. Além disso, os conceitos de significado e verdade em si parecem ser prejudicados aqui, já que “respostas às perguntas constituem o que eu chamo de ‘significados’” (Bakhtin). Entretanto, Bakhtin nunca questiona abertamente os valores fundamentais de conhecimento e verdade definitiva; sua posição pode ser dada assim: “A verdade está lá fora. Só que provavelmente não é cognoscível a um indivíduo. Ou talvez não seja a nenhum”.

PALAVRAS-CHAVE: Heteroglossia. Carnaval. Alteridade. Bakhtin.

 

Abstract

 

This article focuses on the relation to the Other - the underlying aspect of dialogism - in the works of Mikhail Bakhtin. His approach to heterology (science or knowledge of the Other) is fundamental to analysis of such themes of his oeuvre as carnival (laughter), history, and economy of human existence.

On a certain stage it appears, that two configurations may be distinguished in Bakhtin's conception of the Other. First, the Other dominated and apprropriated by the subject, or Author, or Self in the dialogic relation – it is only a provisional Other. The second is the irreducible Other, outside the possibility of adequate knowledge and thus potentially excluded from dialogue. Thus, the end of dialogue, the silence remains as a dark shadow on the horizon of the meaningful discursive logic. Moreover, the concepts of meaning and truth itself seem to be jeopardized here, since «answers to questions is what I call 'meanings'» (Bakhtin).

Nevertheless, Bakhtin never openly questions the fundamental values of knowledge and final truth; his position may be summed up thus: «The truth is out there. Only it is probably not cognizable to an individual. Or may be not to anybody».

KEYWORDS: Heteroglossia. Carnival. Otherness. Bakhtin.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v1i2.391

 


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