A metrópole como palco para a modernidade: reflexões sobre A alma encantadora das ruas, de João do Rio

Luis Gustavo de Paiva Faria, Arthur de Ávila Soares

Resumo


O artigo propõe um estudo exploratório da obra ​A alma encantadora das ruas (1908), de João do Rio, autor inserido em um momento histórico conhecido como Belle Époque brasileira. Essa análise se dá à luz de autores clássicos que se dedicaram a pesquisar processos urbanos, como Simmel (1973), Wirth (1973) e Benjamin (1991). Ao mesmo tempo, será possível aproximar a obra de João do Rio - a partir de diversos elementos, principalmente a percepção de certos tipos urbanos - a uma etnografia das ruas da cidade do Rio de Janeiro, caracterizando-o como um privilegiado observador do espaço urbano em um importante momento histórico do país.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v8i3.2160


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