DE IRÔNICO A CONSELHEIRO: O ETHOS EM CRÔNICAS DE RUBEM BRAGA
Resumo
A crônica, que circunscreve o escritor a desenvolver suas ideias em um texto curto, foi o palco da ascensão de Rubem Braga, autor prestigiado até os dias atuais. Partindo dessas considerações, o presente artigo propõe a análise da construção do ethos em crônicas de Braga que versam direta ou indiretamente sobre a figura da mulher. Para isso, adotam-se os pressupostos teóricos da Retórica aristotélica e da Nova Retórica. O ato de proferir discursos persuasivos, ao olhar da retórica, que engloba a razão e a emoção como meios para obter sucesso, se vale principalmente da construção do ethos do orador que deve se provar digno de confiança. Sendo o ethos a imagem que o orador cria de si, o objetivo principal do estudo é identificar os ethé mais recorrentes do autor e suas características. Como corpus de análise, foram analisadas seis crônicas que permitiram a depreensão das imagens mais frequentes: ponderado, experiente, sincero, engraçado, e conselheiro.
Palavras-chave: Rubem Braga. Crônica. Retórica. Ethos.
DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v10i1.2897
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