PERCEPÇÃO DOS INTEGRANTES DA RELIGIÃO AFRO-BRASILEIRA SOBRE O USO DA FITOTERAPIA EM FORTALEZA/CE
Resumo
Este estudo tem como objetivo avaliar a percepção dos integrantes de um terreiro de Candomblé/Umbanda sobre os tratamentos fitoterápicos utilizados em Fortaleza, Ceará. Refere-se a um estudo do descritivo e exploratório, orientado pelo procedimento etnográfico. Avaliou-se 12 integrantes entre 25 e 75 anos, por meio de uma entrevista semiestruturada. Os registros foram aferidos pelo método da Análise de Discurso Crítico (ADC). A densidade da religião afro-brasileira revela a importância da imersão da pesquisa na análise, na tentativa de apreciar suas práticas de tratamento com as plantas e sua dinâmica social numa perspectiva de saúde. No acolhimento aos fieis que procuram o Candomblé para livrá-los de algum “mal” de saúde, o babalorixá os trata comumente com preparos de plantas nativas, tradição africana vida da escravidão que foi transmitida bem como adaptada oralmente. Nisso, investigamos com o sacerdote sobre a “cura” fitoterápica no Candomblé, evidenciou-se assim que a força da religião está na prática dos banhos com o uso auxiliar de chás, associado com a fé, e que a procura maior é para solucionar problemas psíquicos e amorosos, geralmente, depressão, insônia ou visões. Verificou-se a necessidade de trabalhar cientificamente essas temáticas. Isso com capacitação e empoderamento profissional, pois com o pertencimento sociocultural pode se gerir com mais equidade a saúde dessas comunidades.
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