Emoções, Meio Social e Processo de Mudanças Estruturais

Cláudia Maria Moura Pierre

Resumo


Utilizamo-nos das premissas colocadas pela Biologia do Conhecimento, proposta por Humberto Maturana, no intuito de fazer inferências sobre o processo de estruturação social pautado em modos de vida baseados na emoção que aceita o outro ou na emoção de negação do outro. Segundo esta teoria, emoções são posturas corporais dinâmicas que definem domínios de conduta. A emoção cujo domínio de condutas se dá na aceitação do outro como legítimo, é o amor. O amor é uma emoção pré-linguagem, mas aprendemos o emocionar de nossa cultura na convivência social. Isto nos leva a crer que um modo de convivência no qual o amor é a emoção estruturante, a criança erige uma percepção amorosa do mundo, pois sua percepção terá esta emoção como fundamento. Em um modo de convivência no qual a criança cresce na negação, será todo o emocionar dela oriundo, que definirá sua percepção e modos de atuar. Fluímos de uma emoção a outra mas, em nossa história de interações, estabilizam-se dinâmicas emocionais que configuram o mundo de acordo com esta dinâmica. Considerando que ‘o viver é uma história na qual o curso das mudanças estruturais que se vive é contingente à nossa história de interações’, deduzimos que o modo de convivência é de grande importância, pois nossa história de vida consiste num processo de transformações estruturais internas contingentes com nossa história de interações.


Palavras-chave


Emoções, amor, modos de convivência, história de interações, meio social.

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