ESTRUTURA DOS MANGUES EM ÁREAS POUCO ANTROPIZADAS
Resumo
A flora e a estrutura da vegetação de mangue de cinco locais pouco antropizados (PA), três locais em viveiros de camarão desativados há 13 anos (V13) e quatro em salinas desativadas há 23 anos, duas delas assoreadas (A23) e duas não (NA23), no rio Pacoti, CE, foram comparadas, dividindo-se as plantas em três categorias: <1 m de altura, ³1 m e <1,5 m; e ³1,5 m. A composição florística não variou entre locais pouco antropizados e em regeneração, sendo representada por Rhizophora mangle, Avicennia germinans, Avicennia schaueriana, Laguncularia racemosa e Conocarpus erectus. A categoria intermediária contribuiu pouco e foi somada à das plantas maiores. V13 apresentou características de um mangue em desenvolvimento, com densidade maior de plantas ³1 m (9066 ind. ha-1) e de plantas <1 m (103 ind/m2), área basal menor (7,1 m2 ha-1 e dominância de L. racemosa, comparado com PA (4383 ind. ha-1, 6 ind/m2 e 25 m2 ha-1), dominadas por R. mangle. Nas NA23, também dominadas por R. mangle, os valores foram semelhantes aos de PA (5050 ind. ha-1, 10 ind/m2 e 22 m2 ha-1), enquanto em A23 o bosque apresentava-se com maior densidade (5766 ind. ha-1 e 10 ind/m2), muito menos desenvolvido (5 m2 ha-1), e dominado por L. racemosa A estrutura dos mangues em regeneração há 23 anos nos locais não assoreados indica que este tempo pode ser suficiente para a regeneração em manguezais como o do rio Pacoti.
Palavras-chave
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