Avaliação da citotoxicidade e atividade leishmanicida e tripanocida de extratos de Passiflora cincinnata Mast L.

Marta Regina kerntopf, Gyllyandeson de Araújo Delmondes, Francisco Rodolpho Sobreira Dantas Nóbrega de Figuêiredo, Larissa Rolim de Oliveira, Álefe Brito Monteiro, Valterlúcio dos Santos Sales, Cristina Kelly de Sousa Rodrigues, Emmily Petícia do Nascimento, Maria Celeste Vega Gomez, Cathia Coronel, José Galberto Martins da Costa, Henrique Douglas Melo Coutinho, Cícero Francisco Bezerra Felipe, Irwin Rose Alencar de Menezes

Resumo


A doença de Chagas e a leishmaniose são doenças que prevalecem em países pobres. Os fármacos disponíveis para o tratamento dessas doenças são altamente tóxicos, sendo este um dos motivos que dificulta à adesão terapêutica e, assim, levando à busca por novas drogas eficazes e seguras para seus tratamentos. A pesquisa utilizando produtos naturais tem se mostrado uma alternativa na procura de novos compostos com potencial clínico-terapêutico. O gênero Passiflora possui as seguintes atividades farmacológicas centrais como calmantes, sedativas, ansiolíticas e indutor do sono e atividades antiparasitarias. A Passiflora cincinnata possui ampla distribuição pelo Brasil sendo popularmente utilizada para distúrbios de sono. Neste estudo avaliamos sua atividade antiparasitária contra Leishmania brasiliensis, Leishmania infantum e Trypanosoma cruzi, bem como sua citotoxicidade em fibroblastos. Foram testados extratos hidroalcoólicos obtidos das folhas, casca, sementes e caule em diferentes concentrações. Os extratos das folhas, casca e sementes não foram eficazes contra L. brasiliensis e T. cruzi, porém, o extrato do caule promoveu uma inibição de 29,12 % contra T. cruzi numa concentração de 500 µg/mL, entretanto o extrato da casca de P. cincinnata foi o que apresentou a melhor atividade contra as formas parasitárias de L. infantum, causando um percentual de morte >20 % nas concentrações de 250 a 1000 µg/mL. Referente à toxicidade, o extrato das folhas foi o que apresentou maior citotoxicidade, quando comparado com os demais, causando a mortalidade de 68,63 % dos fibroblastos numa concentração de 1000 µg/mL. A baixa citotoxicidade revelada abre espaço para novos estudos biológicos.

Palavras-chave


Leishmaniose; Doença de Chagas; Leishmania; Passifloraceae; Trypanosoma cruzi.

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