OUSAR A DESOBEDIÊNCIA EPISTEMOLÓGICA E O EXERCÍCIO DESCOLONIAL DE PRÁTICAS ARTÍSTICAS INTERFERENTES

José Carlos de PAIVA

Resumo


Perante os tempos avassaladores que enfrentamos, num mundo-todo, questiona-se porque continuamos ordeiramente a obedecer a modos de vida, construídos numa história dominada e escrita pelo ocidente, branco, patriarcal e colonizador que apenas gerou o fracasso de uma sociedade que assiste impávida à destruição acelerada da natureza, à ampliação desmesurada da descriminação, à destruição da possibilidade de futuro. E, ainda, como no terreno da Educação Artística, se podem prolongar as práticas reprodutoras de saberes já construídos, de nos iludirmos sobre a sagrada missão da arte, se esta se volta para si própria e se isola de um relacionamento para fora de si, e apenas desejarmos ostentar nossos feitos inócuos na perseguição de um lugar no mercado ou o nome exposto numa instituição? Seremos capazes de ousar a desobediência, o desconforto de uma leitura de cada um de nós do que o colonialismo nos integra e assumir um compromisso ético e epistemológico com a descolonialidade?


Palavras-chave


descolonialidade, desobediência, interferência.

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