CRONOTOPO NA POÉTICA DE MANOEL DE BARROS

José Ronaldo Ribeiro da Silva (IFCE), Maria Efigênia Alves Moreira (IFCE), Ileane Oliveira Barros (IFCE), José Rômulo Porfírio de Lima (IFCE)

Resumo


A crítica literária reconhece que Bakhtin não é o fundador do conceito de cronotopia. O mestre russo tomou emprestado o termo a partir de conceitos da matemática e da teoria da relatividade de Einstein, apesar de se apoiar epistemologicamente na figura de Kant e seus seguidores. Seu mérito está na “metaforização” do conceito que ele aplicou aos estudos literários para designar a relação indissociável entre o espaço e o tempo. O conceito de cronotopo em Bakhtin aparece primeiramente no texto formas de tempo e de cronotopo no romance – ensaios de poética histórica e, depois, em Estética da criação verbal, no capítulo intitulado o romance de educação na história do realismo. Utilizamos esse arcabouço bakhtiniano de indissiciabilidade de espaço e tempo para analisar aspectos da poética de Manoel de Barros. Essa marca literária trespassa a poética do poeta e pode ser considerada uma estética específica dele. Destarte, o presente trabalho busca averiguar como Manoel de Barros elabora sua estética cronotópica através do olhar criativo-contemplativo.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v6i1.1153


Referências


AMORIM, M. Cronotopo e exotopia. In Brait, B. (org.). Bakhtin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2006.

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