VIAGEM E ESCRITA: A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE EM A CHAVE DE CASA

Ludovico Omar Bernardi (UEM)

Resumo


Este artigo tem por foco o romance de Tatiana Salem Levy, A chave de casa (2007), cujo enredo é construído mais de sugestões do que de fatos, com vistas a privilegiar a memória que brota de uma construção fragmentada. Nele, o que me proponho a analisar é a viagem e a escrita como reconstrução da narradora-protagonista, já que ambas se conjugam para atingir a um fim determinado, resultando, pois, em dois processos de construção da identidade da personagem, já que a “chave”, enquanto forma de acesso a um interior, não se confunde com a “escrita”, com o “dar nome às coisas” e com a “viagem”, tornando-se estas metáforas de um exercício interior de descoberta, de formação de uma possibilidade. Afinal, o que importa ao caminheiro é o caminho e não o ponto-final.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v6i1.1190


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