CONTRIBUIÇÕES SEMÂNTICO-DISCURSIVAS DA CONJUNÇÃO ‘MAS’ PARA A ARGUMENTAÇÃO DE PROPAGANDAS
Resumo
O tema deste artigo compreende o estudo sobre a carga semântica da conjunção ‘mas’ no que se refere ao seu sentido básico e também aos demais usos linguísticos correntes. A fim de especificar o foco de atenção desta pesquisa, a polissemia da conectivo ‘mas’ será discutida como recurso para a construção da argumentação em propagandas. Além disso, busca-se lançar luzes à compreensão dos efeitos semântico-discursivos da conjunção ‘mas’ produzidos pelo mercado publicitário para fomentar o potencial argumentativo de propagandas. Partiu-se do pressuposto que o valor adversativo dela, embora seja o prescritivo, em muitos casos, não se manifesta em primeiro plano nos enunciados, por isso é relevante refletir sobre o caráter polissêmico dessa conjunção. Dessa forma, o objetivo deste artigo é investigar como a carga semântica básica (adversidade) do conectivo ‘mas’ e outras possibilidades de sentido manifestam-se em duas propagandas a fim de favorecer a argumentação construída na mensagem delas. Para tanto, são utilizadas como referencial bibliográfico nesta pesquisa as obras de Bechara (2015), Cunha e Cintra (2017), Neves (2000) e Castilho (2016), que apresentam as perspectivas normativa e prescritiva, respectivamente, acerca dos valores semânticos e dos usos do conectivo ‘mas’. A metodologia adotada compreende pesquisa qualitativa e bibliográfica devido ao corpus selecionado e aos pressupostos teóricos adotados. Diante disso, os resultados apontaram que o sentido de adversão da conjunção ‘mas’ apresenta-se na base de significação dos enunciados; porém, muitas vezes, ele pode ficar diluído em meio a outras possibilidades de sentido que emergem à materialidade do texto. Ainda vale salientar que, em muitos casos, para que a carga semântica básica possa ser inferida pelo leitor, faz-se necessário identificar dados pressupostos, já que, em favor da argumentação, outros valores semânticos tornam-se mais evidentes.
DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v9i1.2127
Palavras-chave
Referências
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