A CONSTRUÇÃO [[PAGAR]INFINIT+SN] NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

Letícia de Almeida Barbosa-Santos (UNESP), Kátia Roberta Rodrigues-Pinto (UNESP)

Resumo


Este artigo tem como objetivo evidenciar o uso da construção [pagarinfinitivo+SN], que licencia expressões como pagar o pato, pagar mico, pagar pau, entre outras, uma vez que possuem significados idiossincráticos. Como fundamentação teórica, toma-se como base pressupostos cognitivistas, como se vê em Croft (2001) e Bybee (2010) aliados à abordagem construcional de Traugott e Trousdale (2013). Assim, objetivou-se analisar a esquematicidade e composicionalidade de [[pagar]infinitivo+SN], de modo que seja possível determinar os graus de generalidade e abstração, bem como seu estatuto em uma possível rede com usos do verbo pagar no português brasileiro. Para coleta de dados, optou-se por ocorrências do século XXI, no Corpus do Português. A partir da análise e discussão, notou-se que [[pagar]infinitivo+SN], além de apresentar diversos graus de composicionalidade semântica, é bastante esquemático e encontra-se alocado em uma rede que abarca outras construções, como [pagar+SP].

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v9i4.2612


Referências


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