ARTE E MERCADO NA FICÇÃO DE DAVID FOSTER WALLACE, OU OITO MANEIRAS DE SE OLHAR PARA UM "OCTETO"

Tauan Fernandes Tinti (UFPB)

Resumo


O presente ensaio busca explorar alguns desdobramentos da relação entre ficção contemporânea e mercado de bens culturais por meio da obra do escritor norte-americano David Foster Wallace, no que diz respeito tanto ao processo de produção  quanto a questões temáticas mais profundas. Para tanto, faz-se uso da ideia de uma passagem da subsunção formal para a subsunção real da arte ao modo de produção capitalista, tal como teorizado por Nicholas Brown (2015; 2019) a partir de Marx, encarada aqui do ângulo de uma preocupação crescente com o efeito do texto sobre o leitor. Tal preocupação é explorada aqui de duas maneiras: primeiro, por meio do árduo processo de editoração do romance Infinite Jest, tal como comentado por Wallace em uma longa entrevista de publicação póstuma, que assinala o desacordo entre as perspectivas do escritor e da editora quanto ao grau de dificuldade do romance; segundo, por meio de duas tentativas de análise do conto “Octeto”, a primeira de caráter metaficcional, e a segunda a partir da hipótese de que nele seria dada voz a uma espécie de devir-mercadoria da arte.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v9i4.2784


Palavras-chave


Literatura contemporânea. Indústria cultural. David Foster Wallace. Arte e mercado. Subsunção formal e real.

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