ANIMALIDADE E ANTROPOCENTRISMO EM “HISTÓRIA DE PASSARINHO”, DE LYGIA FAGUNDES TELLES
Resumo
Compreendendo os animais não humanos como seres que possuem agência e individualidade, isto é, viventes que não são inferiores aos seres humanos, este artigo tem como objetivo analisar a representação das outras espécies animais na literatura. Para tanto, elegemos o conto “História de passarinho”, de Lygia Fagundes Telles, o qual possibilita discussões sobre animalidade e antropocentrismo. Teóricos como Lestel (2011) e Maciel (2016) nos ajudaram a refletir acerca da animalidade, já Weitzenfeld e Joy (2014), Fitzgerald e Pellow (2014), Plumwood (2005) e Donovan (2018) fundamentam nosso raciocínio sobre antropocentrismo. A análise do conto de Fagundes Telles revela como a cultura do racionalismo influencia nossa visão sobre os animais não humanos. Além disso, a narrativa de Telles mostra como o ato de escrever o animal constitui-se enquanto um exercício de aprendizagem, no qual entramos em contato com a alteridade animal e recuperamos a nossa própria animalidade.
DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i5.3395
Palavras-chave
Referências
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