UM LANCE AQUOSO EM “TRAVESSIA — 2”, DE MAX MARTINS
Resumo
O presente estudo tem como objetivo refletir criticamente acerca do poema “Travessia — 2”, do livro H’era (1971), do poeta Max Martins (1929-2009). Para isto, desenvolveremos uma leitura que corrobora aquilo que chamamos de “lance” aquoso, compreendendo-o em diálogo com Un coup de dés, de Stéphane Mallarmé. Dessa discussão, pensaremos as imagens aquosas, associadas à espacialização da página, às questões in natura, assim como ao silêncio. Neste artigo, destacamos os estudos de Nunes (1973; 2009; 2012), Arrigucci Jr. (2019), Tupiassú (2016), Blanchot (1987; 2011), Gadamer (1997), Bataille (1987; 2014), Candido (2006) e Paz (2009; 2012).
DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i5.3486
Palavras-chave
Referências
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