“NOS FRÁGEIS LIMITES DA VIDA E DA MORTE”: UMA LEITURA INTERSECCIONAL DE “QUANTOS FILHOS NATALINA TEVE?”, DE CONCEIÇÃO EVARISTO
Resumo
Este trabalho tem como intuito analisar o conto Quantos filhos Natalina teve? de Conceição Evaristo, a partir da perspectiva da interseccionalidade, temática mormente trabalhada por pensadoras negras. Visa-se compreender como são articuladas as intersecções de raça/etnia, classe e gênero na narrativa em questão e como tais marcadores sociais e identitários desvelam violências e diferentes modos de opressão que acometem o sujeito feminino negro em nossa sociedade. Para atingir tais propósitos, são utilizados, entre outros, os trabalhos de Crenshaw (2002), que propõe o conceito de interseccionalidade; Akotirene (2019), que apresenta um estudo acerca da abordagem interseccional destacando sua funcionalidade, importância e imbricações teóricas; Bourdieu (2012), que discute sobre a dominação masculina e a violência simbólica; e Spivak (2010), ao tratar sobre a subalternidade.
DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v10i6.3651
Palavras-chave
Referências
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