QUANDO É PRECISO NARRAR O INCOMUNICÁVEL: NARRAÇÃO, FOCO, ATMOSFERA E ALEGORIA EM NA MINHA SUJA CABEÇA, O HOLOCAUSTO, DE MOACYR SCLIAR
Resumo
O presente artigo analisa o conto Na minha suja cabeça, o Holocausto, de Moacyr Scliar, publicado em 1986, na obra O olho enigmático. Da constituição da forma como brevidade e unidade de efeito (conceitos de Edgar Allan Poe) e totalidade esférica (conceito de Cortázar) até a influência temática e de estilo da poética de Franz Kafka, analisaremos a construção da voz do narrador-protagonista e do modo de focalização como constituintes de uma alegoria que conta duas histórias simultâneas do Holocausto. A primeira (visível), que narra as marcas deixadas nos sobreviventes e descendentes de judeus, e a segunda (submersa), que sugere uma atuação no presente para que haja a redenção no futuro. Para tanto, utilizamos como suporte teórico as obras de Norman Friedman e de Ricardo Piglia, para a caracterização dos aspectos estruturais da narrativa, e textos de Walter Benjamin, para a análise histórica e alegórica.
Palavras-chave: Conto brasileiro. Alegoria. Foco. Narração. Incomunicabilidade.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 .
QUALIS/CAPES - quadriênio 2013-2016: B2 - ÁREA DE LINGUÍSTICA E LITERATURA
Indexadores de Base de Dados (IBDs)
Bases de periódicos com texto completo:
|
|
|