As construções perifrásticas nas regras dos jogos

Leliane Regina Ortega, Marcelo Nicomedes dos Reis Silva Filho

Resumo


As variações linguísticas acompanham a evolução histórica e social da humanidade, incidindo sobre os processos de gramaticalização que atendem as novas necessidades comunicativas. A conjugação perifrástica que, segundo Fernandes (1990), se originou de um processo de gramaticalização - uma vez que verbos plenos passam a exercer a função de verbos auxiliares - é um recurso que colabora para a tessitura de textos do gênero Regras de Jogo, construindo o sentido sobre o que é necessário realizar para se vencer o jogo. Nesse sentido, o presente trabalho tem o objetivo de propor uma reflexão sobre as alterações linguísticas observadas na construção de textos do gênero Regras de Jogo. Partindo desse pressuposto, a reflexão desenvolvida pelo presente artigo, vincula-se ao ponto, no qual o uso da conjugação perifrástica tem a função de modalizar o texto que orienta a execução dos jogos. Tendo em vista que Koch (2011) afirma que o fenômeno da modalização tem a função de determinar “o modo como aquilo que se diz é dito”, então, por meio desse fenômeno, é possível perceber os objetivos e intenções do locutor e o direcionamento do texto. Subsidiaram a fundamentação teórica, principalmente, os estudos de Fernandes (1990); Lopes (2008); Martelotta, Votre e Cazario (1996) e Koch (2011). A metodologia utilizada consiste em estudos bibliográficos associados a uma pesquisa quantitativa com textos do gênero Regras de Jogo e a apresentação de uma proposta de trabalho sobre o uso da conjugação perifrástica em textos do gênero Regras de Jogo, uma vez que as discussões sobre as variações linguísticas, e sobre os sentidos que os processos de gramaticalização atribuem ao texto, precisam ser desenvolvidas no ambiente escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Gramaticalização. Conjugação perifrástica. Modalização.


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