Oficinas literárias: quando a palavra é ofertada com excelência pela escola
Resumo
Discorrer acerca da leitura literária na escola não constitui, a priori, nenhuma novidade. A questão que permeia o artigo a que nos propomos é a de como a literatura comparada, em sua vertente de relação com outras artes, pode constituir um aporte teórico-metodológico adequado ao letramento literário, por meio da aplicação de oficinas literárias. O texto volta-se à escola e aos anos finais do ensino fundamental, por compreender que é na escola, e muitas vezes somente nela, que grande parte dos leitores tem contato com o texto literário. Além disso, cremos que um trabalho adequado nessa fase pode contribuir para um leitor que, nos anos subsequentes de escolarização – e mesmo depois dessa – seja capaz de ler o mundo que o cerca. O trabalho com a literatura infanto-juvenil, subsidiado pela pintura, pelo artesanato, pelas mídias digitais e por outros textos, busca, por meio da intertextualidade, uma aproximação do pequeno leitor com o universo literário. Isso se dá ao promovermos a quebra do horizonte de expectativas do leitor e, em seguida, sua consequente expansão. Nossa proposta encontra ressonância em proposições como as de Magnani (1989), Candido (2011), Kleiman (2005); Cosson e Souza (2011), Cosson (2016), entre outras, e segue as diretrizes sugeridas por Mendoza Fillola (1994) para uma prática comparatística no ensino de literatura na escola.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Comparada. Letramento Literário. Estética da Recepção. Oficinas Literárias.
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QUALIS/CAPES - quadriênio 2013-2016: B2 - ÁREA DE LINGUÍSTICA E LITERATURA
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