“BENDITO SEJA O FRUTO” / “QUE O SENHOR POSSA ABRIR”: DISTOPIA, RELIGIOSIDADE E REPRESSÃO EM O CONTO DA AIA (1985), DE MARGARET ATWOOD

Ana Maria Soares Zukoski (UEM), André Eduardo Tardivo (UNESPAR)

Resumo


O presente trabalho tem por objetivo propor uma análise interpretativa acerca da obra O conto da Aia, publicado em 1985, por Margareth Atwood. Tendo sido escrito na segunda metade do século XX, é possível identificar que os movimentos feministas e a discussão sobre o papel da mulher em sociedade influenciaram de modo significativo na sua obra.  Recentemente, O conto da Aia, ganhou notoriedade com o lançamento da série de TV americana que acendeu novamente as discussões feministas. Por tratar de uma obra tão complexa, o foco da análise reincidirá sobre a repressão das mulheres por meio da religiosidade, que aparece imbricada com a estrutura patriarcal. O artigo será embasado pelos pressupostos teóricos da Crítica Feminista e dos Estudos de Gênero, com autores como Muraro (1995), Campos (1992), Bonnici (2007), entre outros.

PALAVRAS-CHAVE: Religião e Patriarcalismo. Relações de poder. O conto da Aia. Margaret Atwood.

DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v7i1.1592


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