AS FIGURAÇÕES DA MEMÓRIA NA CONTÍSTICA DE MIA COUTO
Resumo
Este artigo busca investigar as figurações da memória na contística de Mia Couto a partir da análise dos contos Inundação e A despedideira, ambos pertencentes à antologia O fio das missangas (2009). Na leitura proposta objetiva-se entender como que a memória toma forma nos contos do escritor moçambicano, compreendendo as imagens, símbolos e demais recursos estéticos utilizados para erigir a matéria figurada. Discute-se, então, a memória como ponto central do relato do narrador, bem como elemento balizador da construção das personagens. Como base teórica, utilizam-se, principalmente, as considerações de Paul Ricoeur (2007; 2010) e Gaston Bachelard (2006).
PALAVRAS-CHAVE: Memória. Narrativa. Mia Couto.
Referências
BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. Tradução de Antonio de Pádua Danesi. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 2012.
COUTO, Mia. O fio das missangas: contos. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
RICOEUR, Paul. Percurso do reconhecimento. Tradução de Nicolás Nyimi Campanário. São Paulo: Edições Loyola, 2006.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Tradução de Alain Françoi et al. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa I. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
SANTO AGOSTINHO. Confissões. Tradução de J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. São Paulo: Nova Cultural, 2004.
VIVIAN, Ilse Maria da Rosa. A personagem-memória e a emergência do ser na poética de Mia Couto. Gragoatá, Niterói, v. 20, n. 39, p. 532-547, dez. 2015.
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QUALIS/CAPES - quadriênio 2013-2016: B2 - ÁREA DE LINGUÍSTICA E LITERATURA
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