A opacidade dos limites entre utopia e distopia em As cidades invísiveis, de Italo Calvino

Evanir Pavloski, Allan Motta de Lima

Resumo


O presente trabalho tem por objetivo fazer uma análise das figurações utópicas e distópicas presentes no livro As Cidades Invisíveis, de Italo Calvino. O autor utiliza descrições de cidades ficcionalmente apresentadas pelo viajante Marco Polo ao imperador Kublai Khan como forma de refletir sobre aspectos e tendências das organizações sociais humanas. Pela perspectiva crítica a ser desenvolvida, a partir dessas cidades são descritos modelos utópicos supostamente perfeitos e estruturas distópicas aparentemente terríveis. Nessas figurações, as discussões alguns aspectos estruturais, ideológicos e culturais podem ser atualizados no mundo contemporâneo. Assim, objetivamos analisar a significação mais profunda do utopismo em Calvino, o que nos levará a reconhecer na obra mais do que um arquétipo do gênero literário utópico, mas a expressão de uma sensibilidade sociopolítica em diálogo com a idealização utópica e seus limites com a distopia.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v8i3.2125


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