ORDEM E VIOLÊNCIA EM A MAIS REMOTA LEMBRANÇA, DE FRED D’AGUIAR

Juliana Cássia Müller, Dionei Mathias

Resumo


Este artigo busca analisar a representação da violência no romance A mais remota lembrança (1997), escrito pelo britânico-guianense Fred D’Aguiar. A partir do respaldo teórico de Zygmunt Bauman (1999), destacam-se três vetores substanciais: a violência física, de gênero e estrutural. Estes três vetores criam uma tensão entre ordem e violência, impactando na narrativa de identidade de personagens que não pertencem ao grupo dominante. O romance de D’Aguiar contribui para revisar a racionalidade dessa ordem, revelando as estratégias de desumanização que a legitimam.

Palavras-chave: Fred D’Aguiar. A mais remota lembrança. Violência. Escravidão.

DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v10i2.2916

 


Referências


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