Os persas e Hamlet: os mortos como mote para os vivos

Chrislen Ribeiro da Cunha

Resumo


A morte é um tema regularmente abordado em enredos de textos dramáticos, representando a cultura vigente do período de suas composições. O presente artigo apresenta reflexões sobre a abordagem do tema nos textos Os Persas (Ésquilo) e Hamlet (Shakespeare), visto que em ambos as relações entre vivos e mortos se estreitam com a presença de personagens que retornam como fantasmas e que intervêm nos percursos das tramas. Tendo a Era Elisabetana se inspirado no período Clássico da Grécia, as duas peças apresentam semelhanças e antagonismos sobre a morte e sobre aspectos que a circundam, como a religião, as classes sociais e o luto. A análise das peças é articulada com referênciais de Coulanges (1998) e Ariès (2017), dedicado à morte em diferentes civilizações, bem como autores como Aristóteles (2017) e Rosenfeld (1996), sobre os textos dramáticos.

Palavras-chave: Shakespeare. Ésquilo. Morte. Fantasmas. Luto.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v10i4.3497


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