A gazela encantada e a velha esfolada: reminiscências do contar e da condição humana

Diogo da Silva Nascimento

Resumo


Os impulsos e comportamentos humanos se manifestam nos contos maravilhosos e de fadas por meio de suas personagens (reis, rainhas, fadas, bruxas, heróis, dragões, duendes...) e de elementos mágicos (feitiços, poderes, animais e objetos encantados...) que, no limite, são expressões de forças próprias dos seres humanos. Algumas das representações dessas forças são analisadas nos contos “A gazela encantada” e “A velha esfolada”, de Giambattista Basile (2018), tais como: instinto materno e paterno, amor, ciúme, luxúria, vaidade, ambição e inveja. Além disso, a figura do contador de histórias está intrinsecamente ligada à essência dos contos de origem popular e da conservação da memória dessas histórias. Expressões da condição humana e o contar são, pois, reminiscências manifestadas na Literatura Popular. Para tratar desses assuntos, este artigo está dividido em três partes: na primeira, é feita uma discussão em torno da Literatura Popular e da figura do contador de histórias; na segunda, são apresentadas algumas proposições acerca dos impulsos e comportamentos humanos enquanto conteúdos simbólicos; e, na terceira, são desenvolvidas a análise e as reflexões a respeito dessas manifestações nos dois contos de Basile.

Palavras-chave: Literatura Popular. Conteúdos simbólicos. Giambattista Basile.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v10i4.3594


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