Linguagem atrevida: uma análise da apropriação pela mídia do modo de falar adolescente como forma de atrair audiência/leitura
Resumo
Pela necessidade de atingir públicos cada vez mais segmentados, o jornalismo tem assumido modos de produção e linguagem cada vez mais específicos. Quando se fala particularmente das mudanças linguísticas, vê-se que jornalistas que atuam em programas de televisão, sites da Internet, jornais impressos e, principalmente, revistas voltados para o público adolescente estão se apropriando da linguagem gíria, conseguindo interagir e promover uma identificação maior com o seu público-alvo. Esta prática tem provocado uma mudança nos moldes tradicionais do fazer jornalístico, privilegiando uma produção planejada, quase direcionada das notícias, atendendo, também, aos interesses comerciais das empresas, que conseguem angariar mais leitores. Diante disso, procuramos analisar de que forma se processa e quais são os impactos do fenômeno da segmentação e da mudança do padrão linguístico do jornalismo decorrentes disso. Para conseguirmos nosso objetivo, utilizamos como corpus as edições 60 e 62 da revista Atrevidinha, impresso voltado para meninas pré-adolescentes, observando de que forma se deu a apropriação da gíria pelos jornalistas. Um glossário com as palavras e termos mais específicos do falar adolescente foi elaborado ao final. Como aporte teórico, recorremos às reflexões de Lage (2001) e Erbolato (2003), que nos ajudaram a traçar um paralelo entre o modelo tradicional e o segmentado de jornalismo e contribuíram para o entendimento sobre a relação do modelo tradicional de jornalismo com a oralidade, especialmente nos primórdios; Scalzo (2008), que discute o jornalismo de revista; e Marcuschi (2004), Travaglia (1998) e Sobral (2010), que forneceram o embasamento linguístico da pesquisa.

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QUALIS/CAPES - quadriênio 2013-2016: B2 - ÁREA DE LINGUÍSTICA E LITERATURA
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