MICROALGAS PLANCTÔNICAS (CLOROFÍCEAS) COMO BIOINDICADORAS DA QUALIDADE DA ÁGUA EM RESERVATÓRIO DO SEMIÁRIDO CEARENSE
Resumo
A região semiárida é caracterizada pela irregularidade na distribuição das chuvas e está exposta a longos períodos de estiagem. Com isso, espaços destinados a represar água como barragens (reservatórios e açudes) são construídos para garantir seus múltiplos usos, especialmente em períodos de seca. Nesses ambientes a degradação ambiental de origem antrópica é mais evidente e provoca alteração na qualidadehídrica, eo desenvolvimento do fitoplâncton bem como o de plantas aquáticas, está relacionado a eutrofização. Assim, objetivou-se determinar a composição de clorofíceas planctônicas do Reservatório Rosário, localizado no município de Lavras da Mangabeira-CE, visando contribuir para o conhecimento da microflora algal, bem como caracterizar a dinâmica desses organismos no ecossistema em que se encontram. As amostras foram obtidas através de rede de plâncton (20 µm), armazenadas, fixadas com formol a 4 % e transportadas para o acervo do Laboratório de Botânica da Universidade Regional do Cariri (LaB/URCA), onde efetuou as etapas de identificação. A composição de clorofíceas planctônicas esteve representada por 40 táxons, os quais estiveram distribuídos em quatro classes taxonômicas, seis ordens e 11 famílias. A família Chlorophyceae foi a mais representativa com 27 táxons, seguida por Zygnemaphyceae com 11, Chlamydophyceae e Oedogoniophyceae com um táxon cada. Dentre os táxons identificados, apresentam hábitos para ambientes ricos em nutrientes, sinalizando a necessidade de monitoramento, sendo importante o estudo das microalgas para a compreensão do funcionamento dos ecossistemas aquáticos, visto que são consideradas bioindicadoras da qualidade hídrica.
Palavras-chave
Microalgas planctônicas. Monitoramento. Qualidade hídrica
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