A Arte dos “Balls” Norte Americanos como Ferramenta de Resistência LGBTQIA+ no Contexto das Cidades Contemporâneas
Resumo
O movimento cultural Ballroom é apresentado em “Paris Is Burning” de Jennie Livingston em 1990. A cultura de bailes tem sua origem nos Estados Unidos, ganhando força entre os anos 70 e 80, onde através da arte, a população LGBTQIA+ se expressava e construia através das “famílias” espaços de resistência. Secchi, em Primeira lição de urbanismo, compara a cidade contemporânea com uma colcha de retalhos cujo a estrutura é repleta de complexidade e diversidade. Nesse sentido, compreendemos os balls como retalhos dessa colcha. Essa pesquisa bibliográfica tem como escopo discutir a inserção da população LGBTQIA+ no território das cidades a partir do debate em torno da conquista do espaço e do estabelecimento de vínculos afetivos nos balls estadunidenses. Verificou-se através desse estudo que o senso de comunidade dos sujeitos engajados nos balls fortaleciam suas identidades, os encorajando na apropriação do espaço urbano, porém idealizando corpos e status privilegiados.