Organizadores do dossiê
- Eduardo F. Coutinho (UFRJ)
- João Adolfo Hansen (USP)
- Harlon Homem de Lacerda Sousa (UESPI)
A revista Macabéa fará 10 anos de existência e resistência. Se já nos trouxe a oportunidade de refletir, em seu número inaugural, sobre a obra de João Guimarães Rosa, agora, nesta chamada comemorativa dos 10 anos, ela, provocativamente, traz mais uma vez o escritor mineiro ao centro do debate. Uma obra conhecida, reconhecida, analisada, estudada, editada e reeditada, traduzida dezenas de vezes, ainda tem “ponto pra nó”? É o que propomos aos estudiosos de literatura e cultura, da obra de Guimarães Rosa e do sertão neste dossiê: oferecer novos olhares sobre a forma da narrativa rosiana e sobre a influência que o sertão tem/teria nesta forma. Há novidade no modo de contar de Rosa? Esta novidade enraíza-se com o sertão ou a partir do sertão? Que sertão? O sertão cru das Minas Gerais, do Brasil ou os sertões representados em séculos de literatura brasileira? Chamamos os leitores e leitoras a provocar as teorias e as críticas, a desfazer limites e verdades gastas, a reverberar a potência plurissignificante da narrativa rosiana nas veredas nem tão percorridas assim, ao longo desses setenta e cinco anos desde o lançamento de Sagarana. Chamamos os senhores e senhoras a revisitar a narrativa de Guimarães Rosa, a vasculhar as cartas, as conversas escritas com os tradutores, os diários do período em que ele esteve na Alemanha e assim (re)visitarmos esta obra brasileira para além de todos os muros e fronteiras. Neste sentido, são bem-vindos textos que discutam: a) a forma da narrativa rosiana em diferentes abordagens teóricas e metodológicas; b) revisões da fortuna crítica rosiana; c) novos olhares para as cartas e diários de Guimarães Rosa. Com essas indicações, esperamos apresentar reflexões que pavimentem novos caminhos para a leitura da obra rosiana na nova década que adentramos. Sejam todos e todas bem-vindos e bem-vindas!
Publicado em 02/01/2021.
Sumário
Dossiê
“AS GARÇAS”, DE GUIMARÃES ROSA: A FICCIONALIZAÇÃO DA ANIMALIDADE E SUA REFLEXÃO CRÍTICA | |
Fabrício Lemos da Costa, Sílvio Augusto de Oliveira Holanda | 01-19 |
A POLÍTICA LITERÁRIA DE GUIMARÃES ROSA | |
Roberta da Costa de Sousa | 20-32 |
ESPIRITUALIDADE AFRO-BRASILEIRA EM "O RECADO DO MORRO", DE GUIMARÃES ROSA: IMAGINÁRIO E GLOSSÁRIO DA UMBANDA | |
Gustavo Castro Silva (UNB), Marcelo Marinho (UNILA) | 33-53 |
EROS, SAUDADE E SUAS COMPLICAÇÕES NO SERTÃO DE ROSA | |
Maria Lucia Guimarães de Faria | 54-79 |
“NÃO ME MATE!" O DISCURSO EM CONFRONTO EM MEU TIO, O IAUARETÊ. | |
Caroline Neres de Andrade | 80-92 |
O A.B.C. DE JOÃO GUIMARÃES ROSA | |
Paulo Fonseca Andrade | 93-114 |
"CARA-DE-BRONZE", UM ESTUDO CLÍNICO | |
Danielle Naves de Oliveira, Frank Michael Schröder | 115-125 |
AS TRADUÇÕES FRANCESAS DO CONTO “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”, DE GUIMARÃES ROSA | |
Elvis Borges Machado, André Luiz Moraes Simões | 126-139 |
OS PRÓDROMOS DO NEORREGIONALISMO LITERÁRIO BRASILEIRO A PARTIR DE GRANDE SERTÃO: VEREDAS, DE GUIMARÃES ROSA | |
Herasmo Braga de Oliveira Brito | 140-153 |
O DIÁLOGO DA NATUREZA E A TRAVESSIA DA PALAVRA EM GRANDE SERTÃO: VEREDAS | |
Pedro Vieira de Castro | 154-173 |
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Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli está avaliada no extrato B2, no QUALIS/CAPES - quadriênio 2013-2016, na área de LETRAS/LINGUÍSTICA.