PARÁFRASE DISCURSIVA E O JOGO ALUSIVO NA ESCRITA (AUTO) BIOGRÁFICA DE BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS
Resumo
O presente artigo analisa a construção do jogo alusivo através da descrição da categoria de paráfrase discursiva (ORLANDI, 2011) exemplificada nos movimentos de metáfora (condensação) e metonímia (deslocamento). Partimos da premissa que considera a heterogeneidade discursiva marca de uma subjetividade sempre falada, nunca centro do seu dizer, assim dividida. Com o intuito de tangenciar a construção de sentidos no processo enunciativo, esse trabalho discorre acerca das formas com que o discurso do um pode vir a habitar o discurso do outro e vice e versa. Centramos nossa pesquisa nos postulados de Pêcheux (1975), Authier-Revuz (1982; 1990; 2007) e Torga (2001). Nosso gesto de análise busca evidenciar a ação da paráfrase discursiva nos movimentos metonímicos e metafóricos que tecem o jogo alusivo, percebendo na obra (auto) biográfica Ler, escrever e fazer conta de cabeça, de Bartolomeu Campos de Queirós (1997), a alusão como estratégia elaboradora de inúmeras costuras de sentido.
PALAVRAS-CHAVE: Paráfrase discursiva. Alusão. Metáfora. Metonímia.
DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v7i2.1622
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