A categoria tempo em Agostinho, Bakhtin e Benveniste: aproximações e afastamentos teóricos
Resumo
Neste artigo os pesquisadores buscam olhar para a singularidade da categoria tempo na linguagem sob o ponto de vista de três autores que abordam essa questão em seus estudos: Agostinho de Hipona (1980), Mikhail Bakhtin (2010; 2011) e Émile Benveniste (2005; 2006). Através de um recorte teórico-metodológico aplicado em suas obras, esta pesquisa, que se constitui como bibliográfica-descritiva, tem por objetivos conhecer e descrever o tratamento dado ao tempo no constructo teórico de cada autor para, por fim, analisá-los em conjunto quanto aos seus pontos de convergência e divergência, focalizando o papel do tempo na produção de sentido no discurso. Desse modo, foi possível identificar aspectos em comum entre as teorias de Agostinho e Benveniste, enquanto os estudos de Bakhtin diferenciam-se, em razão da indissociabilidade entre os conceitos de tempo e de espaço (cronotopo).
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QUALIS/CAPES - quadriênio 2013-2016: B2 - ÁREA DE LINGUÍSTICA E LITERATURA
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