PARA ALÉM DA ALMA QUE NOS É FAMILIAR: O DOCE NAUFRÁGIO NA ALMA ASSUSTADORA DO INFINITO

Hêmille Raquel Santos Perdigão

Resumo


O presente trabalho apresenta uma leitura do poema O Infinito¸ de Giacomo Leopardi, com o objetivo de interpretar o significado do naufrágio no infinito. Para isso, aponta como o eu lírico considerava o horizonte algo desconhecido e habitado por uma alma assustadora, o que fazia com que ele sempre contemplasse a paisagem fazendo o mesmo recorte usual da sebe e do ermo monte. A leitura proposta neste trabalho é que, no início do poema, o eu lírico está tentando ter uma experiência confortável com o que lhe era familiar e lhe remetia ao passado; porém, quando ele ousa abranger o horizonte em seu olhar, tem início sua experiência de penetrar na alma assustadora da paisagem.

Palavras-chave: Poesia. Romantismo. Modernismo. Giacomo Leopardi. Marcel Proust.

 

DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v10i1.2910


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