O “NOVO” NA ESCOLA TIPOGRÁFICA: ÉTICA E NOVOS LETRAMENTOS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA EM ESCOLAS PÚBLICAS

José Ricleberson Vieira Alves, Solange Xavier Cruz

Resumo


Pensar o “novo” a partir dos novos letramentos nada mais é do que compreender um período histórico de mudança social, cultural, institucional, econômica e intelectual, bem como a transição de visões de mundo e teorias modernas para pós-modernas (LANKSHEAR; KNOBEL, 2011). Em vista da atual configuração da sociedade pós-moderna digitalizada e do ambiente escolar, enquanto reflexo dela, este artigo busca fazer uma reflexão de um novo modus operandi das práticas pedagógicas com olhos para o ensino de língua inglesa em escolas públicas à luz das teorias dos novos letramentos (LANKSHEAR; KNOBEL, 2011). Levando em conta a realidade social dessas escolas, aquém da escola do futuro (SNYDER, 2008), tecnologizada, pode-se dizer que ela ainda é tipográfica em muitos aspectos, porém rizomática (DELEUZE; GUATTARI, 2007; MENEZES DE SOUZA, 2011a; TAKAKI, 2013). Dessa forma, concebendo os novos letramentos como um conceito que traz em si uma ideia holística, inclusive pensando no papel ontológico da escola atual, os discutimos de forma imbricada com o trabalho de letramento crítico que eles promovem, enquanto exercício de problematização, que visa elucidar questões sociais e reforça a valorização da diferença histórica, de origem e de lugar de cada intérprete social. Neste sentido, ele cumpre um papel ético ao promover a convivência com as diferenças, sem eliminação e silenciamento delas na sala de aula (MENEZES DE SOUZA, 2011a). Por fim, diante da amplitude desse conceito, argumentamos, grosso modo, sobre a importância dos novos letramentos como proposta pedagógica para o ensino de língua inglesa, ainda que num contexto público de ensino sem tecnologias, já que o novo dos novos letramentos extrapola e não se limita à digitalidade atual e nem tão somente à implementação ou utilização de tecnologias na sala de aula (DUBOC, 2011).

Palavras-chave: Novos Letramentos; Letramento Crítico; Língua Inglesa; Papel Ético.

DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v10i2.3196

 


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