LEITURA E SALA DE AULA: O MÉTODO SEMIOLÓGICO COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO DA CRITICIDADE
Resumo
O método semiológico, ao prever a diversidade de valores ideológicos, traz para a escola a efervescência dos embates das classes sociais e se utiliza dela para levar o aluno a atuar criticamente, a partir da consciência de sua realidade. Propomos, com este artigo, rebater a visão reducionista do processo de leitura, demonstrando a importância de se trabalhar com a noção de dialogismo, multimodalidade textual, intertextualidade, contexto e criticidade na formação de leitores proficientes na leitura literária. Para isso, tomamos como base as teorias de: Cosson (2014) e Bordini e Aguiar (1993), para a abordagem semiológica; Bakhtin (2011), para a análise filosófica de sujeitos leitores responsáveis e respondíveis pela significação dos textos; e Santaella (2004), para tratar dos aspectos cognitivos envolvidos no processo de leitura nesta nova sociedade tecnológica.
Palavras-chave: Leitura literária. Método semiológico. Realidade social. Criticidade. Sala de aula.
DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v10i2.3301
Referências
ARAÚJO, Leusa. Prazer em ler. Barueri: Instituto C&A, 2009.
BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. O problema do texto na linguística, na filologia e em outras ciências humanas. In: Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.
BENEVIDES, Araceli Sobreira. A leitura como prática dialógica. In: ZOZZOLI, Rita Maria Diniz; OLIVEIRA, Maria Bernadete de (orgs.). Leitura, escrita e ensino. Maceió: EDUFAL, 2008.
BORDINI, Mª da Glória; AGUIAR, Vanda Teixeira de. Literatura: a formação do leitor: alternativas metodológicas. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
BRAVOS, Kelsen. Os jovens e a leitura. In: NETO, R.; CAVALCANTE, L. E. (orgs.). Curso Formação de Mediadores de Leitura. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 2018.
CLARK, Katerina. Mikhail Bakhtin. São Paulo: Perspectiva, 1998.
COSSON, Rildo. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2014.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas: Papirus, 2012.
KLEIMAN, A. B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMAN, A. B. (org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995. p. 15-61.
KLEIMAN, A. B. Oficina de leitura: teoria e prática. 9. ed. Campinas: Pontes, 2002.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 1988.
MATOS, Gregório de. Homens de bem. São Paulo: Biblioteca Digital. Edição do Kindle, 2015.
MATOS, Gregório de. Crônicas do viver baiano seiscentista – os homens bons – pessoas muito principais. Florianópolis: Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística. Edição do Kindle, 2012.
ROJO, Roxanne. Pedagogia dos multiletramentos. In: ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. (orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012. p. 11-31.
SANTAELLA, Lucia. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus. 2004. (Coleção Comunicação)
SANTAELLA, Lucia. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013. (Coleção Comunicação)
TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Trad. Caio Meira. 3. ed. Rio de Janeiro: DIFEL, 2010.
VARGAS, Suzana. Leitura: uma aprendizagem de prazer. 6. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.
VOLÓCHINOV, V. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Trad. Sheila Grillo e Ekaterina Vólvoka-Américo. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2018.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 .
QUALIS/CAPES - quadriênio 2013-2016: B2 - ÁREA DE LINGUÍSTICA E LITERATURA
Indexadores de Base de Dados (IBDs)
Bases de periódicos com texto completo:
|
|  |
 |  |  |
|
| 
|
